A MORTE DO CARVALHO
Ás margens do riacho
Abraça com seus galhos
Os ninhos dos pássaros
O patriarca da floresta,Carvalho
Antigo de dias
Sobreviveu muitas primaveras
Embalando sua folhas ao vento
Verde,imóvel ao relento
Dentre seus ramos floridos
Cigarras tocam violino
Tagarelam papagaios
Pombas e canários
Testemunha de muitas décadas
Chora gotas de orvalho silenciosas
Das outras árvores separada,isolada
Pelo homem destruídas,cortadas
Padecendo chuva e borrasca
Monumental se conservava
Ofertando sua sacrificada vida
A humanidade mal-agradecida
O implacável inimigo
Deu fim ao seu martírio
Sem piedade alguma,o carrasco
Tombou jaz o pé de carvalho
E os pássaros choraram
O velório do Carvalho
E o vale desmatado,vazio
Penalizado,tornou-se sombrio...