CANÁRIO DA TERRA
Era uma estrada na serra, estreita e escorregadia,
Pedregulhos arredondados, sob os pés eu percebia.
De um lado na mata um ruído encantado,
Então ouvi desta feita o canto belo e afinado!
De repente o inesperado, no alto galho eu via,
Um prazer inesperado, fora assim que eu sentia.
Um pássaro amarelado, na copa do alecrim,
Que se virou pro meu lado — ficou cantando pra mim!
Se eu pudesse um dia, voltava a esse cenário.
Pra ouvir as melodias de partituras diversas,
E o canto bem rimado, até parecem conversas!
Caminhando sem destino, o caminho eu percorria,
Tudo estava parado, nenhuma brisa havia.
Ouvia o som dos meus passos, e o cantar do canário.