Vento Traiçoeiro

O vento assopra nas entrelinhas de minha poesia

E meus pensamentos são revelados ao mundo exterior,

As palavras ficam envergonhadas diante do dissabor

De verem rastreados os mecanismos de minha fantasia.

De um constrangimento íntimo adoece minha pena

E os rabiscos são miasmas que obliteram a inspiração,

Curvas sinuosas deixam em alerta os patamares da emoção

Numa estrada em que precipícios engolem fomentados temas.

Debruçadas sobre o perigo das ribanceiras,

As fantasias descortinam na paisagem virgens amendoeiras

Que vinculadas a outros vegetais são o antídoto da enfermidade...

No crepúsculo encarnado onde o sol adormece

Tempestades sazonais escutam meu burburinho em prece

E em meus devaneios enclausuro pensamentos de prosperidade!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 03/01/2012
Código do texto: T3420974
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