Alma das águas

Alma das águas

O rio não se prende em duas margens,

Quando caem as chuvas de verão.

Seu corpo salta em silêncio do leito,

Abre os braços sobre a terra

E agarra o que pode com as mãos.

Leva a paisagem que o contempla,

E avança sobre quem não o respeita,

Sem tempo de olhar para trás.

Os rios têm vida, mas não têm alma,

E não sentem remorso jamais.

maria do rosario bessas
Enviado por maria do rosario bessas em 24/01/2012
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