SOMBREIRO

Na pacatez do mar descansa

Impávido sobre o arrebentar das ondas

Enroladas aos meus sonhos como anacondas

à procura de uma escapatória falsa

Eu, todos os dias contemplo

O pôr-do-sol a esconder-se tristonho

Depois de aquecer o quimérico golfinho

que me levava repentino ao templo

De mim se escapam raios alegóricos

que abraçam insuspeitos o sombreiro

enraizado na costa do omnipotente obreiro

onde ondas tilintam azuis fantasmagóricos

Sombreiro deleita-se na formosura

do mar calmo que uma brisa galanteia

O sol divino desaparece como vem a teia

e o luar ilumina inesperado a morena em loucura

Benguela, 22/02/2012

Nkazevy
Enviado por Nkazevy em 22/02/2012
Reeditado em 27/12/2014
Código do texto: T3512739
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.