"NATUREZA IRÔNICA"
A chuva fina surge fazendo lama,
Molhando praças e calçadas nuas,
E cada árvore também conclama
A água que cai por toda rua.
A chuva se faz forte e avança
Por sobre tetos e leva o ninho
Da ponta do galho, que vai na dança
Da enxurrada que lava o caminho.
A chuva cresce em lagoa
Enquanto o cenário destoa,
E a paisagem desaparece.
Mas, de repente, ela cessa e some
Deixando rastros de doença e fome,
Enquanto o sertão seco permanece...
(ARO.1992)
A chuva fina surge fazendo lama,
Molhando praças e calçadas nuas,
E cada árvore também conclama
A água que cai por toda rua.
A chuva se faz forte e avança
Por sobre tetos e leva o ninho
Da ponta do galho, que vai na dança
Da enxurrada que lava o caminho.
A chuva cresce em lagoa
Enquanto o cenário destoa,
E a paisagem desaparece.
Mas, de repente, ela cessa e some
Deixando rastros de doença e fome,
Enquanto o sertão seco permanece...
(ARO.1992)