Mau Tempo

Na noite sangrou-se a luz da ribalta

Diante de um carnaval de carnificinas,

Não houve confetes nem serpentinas

Na escuridão que amedronta e assalta...

A alegria aboletou-se no casulo do dia

E as luzes derramaram intenso inseticida,

Houve trevas na tempestade homicida

E no ambiente tétrico não houve nostalgia.

Instalou-se o medo no circuito hediondo

E o silêncio rompeu-se com forte estrondo

De um trovão que fez tremer o vento...

Relâmpagos rasgaram a atmosfera deserta,

Nuvens negras desabaram na agonia desperta

Dissociando-se as horas nas amarras do tempo!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 01/04/2012
Código do texto: T3587568
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