LÍRIO OU VAPOR, CACHO
Não ouso mais descrever-te.
Esvaziastes meus poemas com tuas belezas!
Viestes hoje como insanas ou ávidas em brotar,
Me deixas atônito quão delicadezas mil.
Retiro-me dos teus cachos,
Exaurido fui por exaltar eu tuas majestades,
E tu sempre emergindo, florindo sem fim?
Sofrerei permanecendo, não vou mais a ti.
Contento-me ao ver-te de longe,
Sigo disfarçado vos espiando,
Somente assim sossego esta alma.
Sois muitas hoje, não posso como vós!