AO TEMPO DA BONANÇA!
Nuvens e ventanias
Raios e trovoadas
Proclamarão...
A grande catástrofe
Que emanará...
A encobrir esta enfadonha
E tão nobre esfera!
Destarte, veremos
Pássaros em revoada
A adejarem sem direção!
Animais em disparada,
Sob vôos candentes
De aves encantadas!
Abissais arvoredos,
Desconexos, retorcidos...
Convertidos em gravetos!
O sol, retraído se esconderá
Em suas ardentes chamas!
A lua se disfarçará, e partirá...
Mesmo sem saber para onde irá!
Os oceanos desnivelados
Verterão suas águas,
Derramando-as sobre a terra!
Mandos incoerentes
Encerrar-se-ão,
Removidos aos desatinos
Que nesta era abrasarás!
Desagregados, se romperão
Como num passe de mágica,
E empossar-se-ão
Ingressando-os à vastidão!
Aglomerando-os,
Às vísceras espoliadas
Ao entorno duma carceragem
Incondicional...
Conquanto outros,
Safar-se-ão ilesos
Desta ignóbil situação!
Por amealharem segredos
Recolhidos, e acolhidos...
Em teus castos corações!
Por conseguinte,
As ventanias decorrerão...
As nuvens se dissiparão!
Os raios se angariarão,
As trovoadas silenciarão...
E a bonança, teus dias clarificarão!
Jan-2010
Autor: Valter Pio dos Santos