Eclípse

Tudo corria normal
Um dia comum na grande floresta,
Macacos de galho em galho
Parecia dia de festa

Jacaré na beira do rio
O tattu , o barranco fuçava,
Gavião com seu vôo rasante
Furioso o porco roncava

Os animais buscavam sombra
Do sol escaldante do meio dia,
Deitados na sombra chegavam a dormir
A paz reinava em pura harmonia

De repente escureceu!
E a floresta se transformou,
Um corre corre pra todo lado
O que será que aconteceu?

A coruja inconformada
Não viu o dia passar,
A noite chegou ndepressa
Começou a reclamar

O vaga- lume bem longe de casa
Descansava tranqüilo, até cochilava,
Assustado saiu voando
Sua luz ofuscante, bem forte brilhava

A noite nunca veio tão cedo
Para os índios la do cerrado,
Correram todos prá suas tendas
Abraçaram-se assustados

O chefe da tribo olhando prá cima
Jamais tinha visto um céu tão cinzento,
O sol se apagou em poucos minutos
Aquilo doía como um ferimento

Todos unidos batiam tambores
Pedindo e emplorando pro sol voltar,
depressa o pedido chegou lá no céu
E novamente o sol veio a brilhar

E quando tudo voltou ao normal
Pra todos os deuses fizeram uma festa,
Pintaram seus corpos e gritavam juntos
Tu és o Deus Sol ,
O rei da floresta...


 
João Luis de Oliveira
Enviado por João Luis de Oliveira em 17/09/2012
Reeditado em 21/08/2013
Código do texto: T3886869
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