AQUELA FRUTA TEMPORÃ

Semente anciosa a ser cultivada

Sonha com o orvalho a gotejar

Arrepia ao som da passarada

Imaginando quando irá aflorar

Passa o tempo,ramos a crescer

Se estica até abrir aquela flor

Acorda animada ao alvorecer

Sob feixes de luz e esplendor

Finalmente brota o fruto seu

Expondo ao céu seu puro afã

Entre as veredas de camafeu

Clama aquela fruta temporã

Amadureceu precoce o sonho

Foi-se em zéfiros a ambição

Passou a ser galho tristonho

Secou-se durante a estação

Agora percebeu onde errou

Foi sedenta à sua miragem

Viu que a si própria desmatou

Viu seu sonho virar serragem

Natan Batista
Enviado por Natan Batista em 11/11/2012
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