Luz, vida, prazer e dor

E pela fresta da janela,

Por tênue fio de lume

De lua inocente e solitária,

Eu podia ver os seus olhos no escuro,

Olhando para o micro infinito,

Em busca de verdades nuas e cruas.

Enquanto que as veredas do seu corpo,

Caminho das minhas mãos,

Aproveitavam para um forte arrepio.

Involuntários gemidos denunciam

Que um espermatozóide adulto

Está prestes a escapar do zoológico

E começar a corrida pela vitória

De um novo ser que luta pela vida.

Pelo prazer vem ao mundo

E pela dor é chamado a deixá-lo.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 12/01/2013
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