Bolhas de sabão

Tão belas por fora

e vazias por dentro.

Vi-me no reflexo côncavo do mundinho em que vivo:

virtual

e elíptico.

Quem sabe me mudando

de lugar,

morada,

pensamento

não viva em um mundo cheio de ar?

De mundinho em mundinho

sempre escapando do inevitável final,

pertencendo a nenhum lugar a não ser o todo

vejo a efemeridade em um piscar de olhos

seguido de outros banhados em límpida água cristalina poluída em sabão de sete cores.

Há sempre outras opções,

sempre há....

mesmo que tenha o mesmo fim de sempre,

o sempre sempre continua sendo o sempre de sempre....

Ainda bem...

Ainda bem que o bem às vezes sempre vence o mal.

E não é exagero afirmar

que o sempre sempre tem um fim.

Victor Ricardo
Enviado por Victor Ricardo em 08/02/2013
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