A Chuva

A chuva cai cerrada lá fora,

ordenando que tudo pare

para ouvi-la, até que se cale,

em descansada hora.

As folhagens aplaudem incessantemente

o derramar das águas

que escorrem , sem mágoas,

em turbilhão de lágrimas sorridentes.

A noite, que inicia dolente,

respira o perfume da terra molhada,

por onde trançam enxurradas correntes.

Toda a sede de água é saciada.

É tempo do germinar das sementes

e da estação das floradas.

Nota: Ainda inspirado na poesia chinesa de Li Bai.

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 30/09/2013
Reeditado em 31/10/2013
Código do texto: T4505530
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