NÃO HÁ MAR HÁ RIO

Como a alvura duma cambraia,

Recordo aquela distante praia,

Onde à tarde eu tomava banho,

Bons tempos meus de antanho.

Hoje não tenho praia, tenho rio,

Rio de águas calmas, correndo

Velozes, que com seu sorriso,

Me dão muito ânimo e alento.

Rio que dá abrigo e alimenta

Peixes e patos, numa relação

Permanente, a todos sustenta,

Sem pedir alguma retribuição.

Esse rio, não se compara a mar,

Mas é de muito valor e carinho,

Meteu-se no vaie, abriu caminho,

Deixou que eu o pudesse amar.

Quando ao fim da tarde, o sol

Desaparece, o rio recrudesce

De vida e corre mais célere,

Para o seu encontro de amor,

Com outro rio, bastante maior.

Ruy Serrano, 09.03.2014, às 21:25 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 13/03/2014
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