O dedo de Deus em minha rua

"Maravilhosa, gostosa, portentosa, sublime, e não pouparei elogios, surpreendente, insólito, admirável.

Palavras são poucas para expressar minha paixão por ti chuva, apenas palavras não dão conta de lhe exaltar, ó fenômeno amável.

O céu chora, lágrimas despencam e clamores são ouvidos, elementos que não padronizam tristeza. O nosso estado de espírito nos faz moldar quaisquer ambientes para tal natureza.

Gritem!

Gritem!

Gritem!

Senhores do Céu, não hesitem, se manifestem. Quero ver suas faces por trás dos relâmpagos, quero ouvir suas vozes por trás dos trovões.

Vocês me enlouquecem, vocês são centro do meu caos, vocês se escondem atrás do manto negro do universo atiçando minhas emoções.

Eu, como Seu filho, tenho a liberdade para conversar sobre diversos assuntos, então me sinto a vontade para fantasiar e levar minha mente para qualquer lugar.

Percebo que Vocês levaram a sério meu desejo de senti-los mais ávidos. Tocaste com Seu dedo aqui perto de casa. Para os leigos e insensíveis foi apenas um raio, para mim, um pobre Doidivanas, foi um gesto carinhoso para com sua terra.

Tal gesto me desligou da realidade e por alguns segundos me jogaste para os confins da insanidade. Pulei, vociferei enquanto minha mente entrava em guerra.

Senhores do Céu, sou um ser pecaminoso, mas ambos detém meu respeito e apreço. Vou seguir observando suas ações por outros ângulos e procurando ser feliz nas interpretações.

Um dia minhas poesias irão se calar, com o aval de Vocês para minha alma se dissipar. Me dissolver por estas terras e transcender para novas eras"

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 10/05/2014
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