Chuva

Sim chuva e invernos.

Quem disse que a terra não correu com água?

Inevitavelmente os grãos de areias se vão.

Assim como parte da vida se vai.

Pela janela afora...

Água que mata a sede,

Mata o homem...

Que dosagem é essa?

De cair milimetricamente às gotas?

Como calcular exatamente essa preciosidade?

Como ser brandura em terra seca,

Sendo farta a colheita?

Como parar as nuvens que jorram no rio que transborda?

Ora sei, certamente não sei.

É chuva.

É água.

Que corrói, que destrói.

Que alimenta esta mente...

Ô chuva, traz-me calmaria.

De ver os telhados derramando água suavemente.

Ora sei, que a água nunca seca.

Mesmo que chova o dia todo.

Mesmo que chova a estação inteira.

Chega uma hora que tudo seca.

Chega uma hora de o sol nascer.

Chega uma hora de novamente chover.

Mônica Sales
Enviado por Mônica Sales em 05/06/2014
Código do texto: T4833860
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