TEMPESTADE
 
Um forte ribombar causa total pavor
Ventos indicam grandiosa velocidade,
No alto e escuro céu pavoroso clangor,
São sáfaros trovões duma tempestade.
 
Cúmulos, nimbos, trinos raios são açoites,
Relâmpagos deixam a terra esbranquiçada;
Revolutas nuvens, que ao dia fazem noite,
Percuciente força da natureza descontrolada.

Zumbem granizos às vidraças espedaçadas,
Outra borrasca a esta se vem sucedendo
Em tudo as fragilidades são evidenciadas:
Desmoronado fragor, há gente morrendo!

“Das Forças quem se salvou, foi por Destino”:
Diz a pobre mulher abraçando o seu menino,
Tendo o coração ferido em seu corpo franzino.

Da janela de uma ruina, predica um velho aldeão,
Vendo a cena maternal, em meio a tal desolação:
“A Natureza mata a flor, não o Amor no coração!”



  
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 30/09/2014
Reeditado em 30/09/2014
Código do texto: T4981679
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