A falta de...

Só se dá importância à caneca, quando a torneira pinga fraca.

E um filete escorre bambo, deixando-lhe na boca - a baba.

Para arrematar a feiura deste quadro.

Entre macias e quentes poltronas de um carro

A alma anseia por águas puras e fartas.

O sertão vai virar mar?

O centro-oeste em que vai dar?

No sul bóia gado e peão.

Só sei que a falta deste líquido

Deixa seco paladar

E triste o coração.

Pego-me a indagar, então:

Em que preciosidades

repousamos a razão?

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 28/10/2014
Reeditado em 30/10/2014
Código do texto: T5014971
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