Lavar a minha alma

Penso que o mundo

É como dunas que vagueia

Hora longe... nem se enxerga

Depois perto... grande e cheia

O canto que o vento leva

É o canto de uma sereia

Que espera o seu amor

Nas noites de lua cheia

O silêncio incomoda

Deixa a noite amarga e feia

Só se quebra bem na hora

Que a maré beija a areia

O mar é um mistério

Que ninguém vai desvendar

Tão profundo e extenso

Que não se pode imaginar

Vou banhar naquelas águas

Mornas do oceano

Lavar a minha alma

Renovar mais alguns anos

Quero sentir a madrugada

E ver o dia clareando

Todo dia é diferente

Pode ser do mesmo ano

A natureza sabe de tudo

Não perdoa um engano

No futuro é que sabemos

Se acertarmos ou se erramos

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 24/04/2015
Reeditado em 24/04/2015
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