Lavar a minha alma
Penso que o mundo
É como dunas que vagueia
Hora longe... nem se enxerga
Depois perto... grande e cheia
O canto que o vento leva
É o canto de uma sereia
Que espera o seu amor
Nas noites de lua cheia
O silêncio incomoda
Deixa a noite amarga e feia
Só se quebra bem na hora
Que a maré beija a areia
O mar é um mistério
Que ninguém vai desvendar
Tão profundo e extenso
Que não se pode imaginar
Vou banhar naquelas águas
Mornas do oceano
Lavar a minha alma
Renovar mais alguns anos
Quero sentir a madrugada
E ver o dia clareando
Todo dia é diferente
Pode ser do mesmo ano
A natureza sabe de tudo
Não perdoa um engano
No futuro é que sabemos
Se acertarmos ou se erramos