Objeto Não Identificado

Acabou-se o que era doce

Do rio ficou o nome

Bem diferente antes fosse

Ficasse o rio, não a fome.

Ali não mais vive o homem

Nem outra qualquer criatura

Em meio à lama impura

Tudo que é vivo se some.

Enorme tristeza consome

Quem tudo perdeu de repente

Sem teto, sem fé, impotente,

Sem pão, sem chão, sem nome.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 07/12/2015
Reeditado em 16/01/2016
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