Orgasmo da Natureza

Fim de tarde, a brisa chega, calma e silenciosa. Afaga as palhas dos coqueiros e segue ao encontro do mar, que a espera também calmo e silencioso. Sussurra em seu ouvido e, num espasmo de volúpia, o mar começa e se agitar em redemoinhos constantes. Suas ondas se debatem contra os rochedos como que em estado de êxtase e a brisa, como que percebendo a magia de seu encanto, se agarra mais forte ao mar numa entrega total, envolvendo os coqueirais que se chocam entre si num balé sinuoso.Vem a noite e o enlevo continua de forma ainda mais intensa. Mais e mais elementos se integram a esse "show" de emoções: as arvores, a terra, a lua... Todos contaminados e energizados pelos encantos da brisa que agora é pura ventania.Chega o amanhecer e a ventania se faz brisa, até desaparecer por completo deixando no ar um silencio que se quebra com a chegada do Sol sugando as primeiras gotas de orvalho, fruto do orgasmo da natureza.

Niltonil
Enviado por Niltonil em 09/12/2015
Reeditado em 16/10/2019
Código do texto: T5475179
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