Carnaubal

A palmeira da carnaúba

Sempre foi a salvação

Pra ajudar o sertanejo

Na hora da precisão

O seu fruto é alimento

De grande valor

Pássaros, cabras e jumento

Apreciam o seu sabor

Espalhando o seu caroço

Deixando novas mudas

Em qualquer canto que for

Da palha se faz chapéu

Tapiti, abanador

Urupemba e esteira

Vassoura e surrão

Cesta, rede e balaio

Produtos de artesanato

Que vale um dinheirão

Gerando emprego e renda

Em toda a região

Do seu talo

Faz-se cavalo

Corredor e brincalhão

Pra brincar de vaquejada

Com o filho do patrão

Na época de sua colheita

O palheiro empregador

Contrata muita gente

Com arte de valor

Tem o foiceiro que corta

Também o aparador

O cambiteiro transporta

E entrega ao espalhador

Depois de seca é empilhada

Esperando o batedor

Que depois de processada

Ai agrega valor

Virando ouro em pó

Na mão do atravessador

Que muitas vezes ganha mais

Que o próprio produtor

O pó é transformado

Em uma rica cera

Para fabricação de cosméticos

Velas e remédios

Vendidos em toda feira

A carnaúba quando morre

Ainda pode-se utilizar

Na construção de curral

E em banco para sentar

Ou como cavaletes

Para a produção empilhar

Serve também de ripa

E de sustentação

Na hora de cobrir

A casa ou galpão

Durando por muito tempo

Sem nenhuma preocupação

É uma riqueza nativa

Que ninguém nunca plantou

Presente da natureza

Dada pelo o criador

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 29/12/2015
Reeditado em 30/12/2015
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