NOITES

Escuras e ermas,

Ao som dos grilos cantarolando

Debaixo do capim verde e estendido.

Corujas voam de um lado para o outro

Acompanhadas de morcegos famintos.

Na copa da árvore gigante

Despenca um pássaro distraído.

Retorce de um lado e de outro

Nem mesmo sabe onde está.

Pensa ser o dia e fugir

A coruja já o localizou

Vindo em sua direção, sombria.

É sua refeição da semana.

Noites sombrias, lá no fundo

Um clarão forte impõe seu domínio

Ao som estrondoso de trovão forte

Anuncia a chegada da tempestade.

Ventos balançam os galhos das árvores,

Pobre ninho da canária

Será jogado para cima e para baixo.

A coruja busca mais uma vítima

Não se conteve com um pássaro.

Mais rápida como uma bala,

Pobre canária, seus ovos se foram.

Tinas de água banham as árvores,

Lavando tudo, sem parar...

Assim, mais uma noite na roça,

Enquanto os sapos festejam e fazem a serenata,

Para a alegria da natureza,

Um baile da alegria,

Do verde e da esperança.

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 13/01/2016
Código do texto: T5509193
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