NOITES
Escuras e ermas,
Ao som dos grilos cantarolando
Debaixo do capim verde e estendido.
Corujas voam de um lado para o outro
Acompanhadas de morcegos famintos.
Na copa da árvore gigante
Despenca um pássaro distraído.
Retorce de um lado e de outro
Nem mesmo sabe onde está.
Pensa ser o dia e fugir
A coruja já o localizou
Vindo em sua direção, sombria.
É sua refeição da semana.
Noites sombrias, lá no fundo
Um clarão forte impõe seu domínio
Ao som estrondoso de trovão forte
Anuncia a chegada da tempestade.
Ventos balançam os galhos das árvores,
Pobre ninho da canária
Será jogado para cima e para baixo.
A coruja busca mais uma vítima
Não se conteve com um pássaro.
Mais rápida como uma bala,
Pobre canária, seus ovos se foram.
Tinas de água banham as árvores,
Lavando tudo, sem parar...
Assim, mais uma noite na roça,
Enquanto os sapos festejam e fazem a serenata,
Para a alegria da natureza,
Um baile da alegria,
Do verde e da esperança.