Resposta da natureza

Espinho

Que atravessar o meu caminho

Eu quebro todinho

Para me respeitar

Sou redemoinho

Varrendo o caminho

Por onde passar

Sou pedra que rola

De cima do morro

Não peça socorro

Não vai a tempo chegar

Sou barragem que rompe

Quem o meu leito interrompe

Vai caro pagar

Se quiser aprender

A conviver

E a preservar

Viverá tranquilo

Sem se lamentar

Se não o fizer

Espere o retorno

O castigo virá

A natureza é sábia

Taí para ensinar

E quem não a respeita

A dor faz chorar

O homem invade

Morros e vales

Nas ilhas não cabe

Mais onde morar

Pensando que pode

Tudo dominar

Depois não tem

A quem reclamar

Pois aí já é tarde

Quando a tragédia chegar

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 15/03/2016
Reeditado em 18/03/2016
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