SONETO DA LUA

Na noite cálida das quimeras

vejo-a calma no remanso,

que anuncia o manto do ocaso

a lua simples em seu descanso.

De luz tênue e roubada

no firmamento aparece inerte,

do sol emana a luz tirada

que por toda a terra ela verte.

Sem vida própria, não obstante

a vida dá, e onde os amantes

no azul cenário veneram.

Extasiados no céu olham

e sem pudor, calmos e

despossuídos se entregam.

Livro Sentidos ISBN 978-85-8469-041-1 EDA 705124

Luis Eduardo Garcia Aguiar
Enviado por Luis Eduardo Garcia Aguiar em 17/04/2016
Código do texto: T5607820
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