Mas se a Brisa do Mar...

Por alguns instantes, cessasse,

E cessassem também os sonhos juvenis,

Como também os sonhos dos decanos,

E os sonhos febris da jovem namoradeira,

Assim como as algazarras das crianças.

E as flores não mais nascessem da terra,

Nem tampouco os frutos das árvores.

E as borboletas parassem o seu vôo,

E o próprio Sol não mais se movesse,

Assim como a sua irmã: a Lua cheia.

Quiçá, ainda assim, permanecessem

A poesia e o poeta, porém, congelados,

Tais quais imponentes estátuas de bronze,

À esperar o reavivamento do tempo e espaço.

Mas se a brisa do mar, eterna e constante,

Por um momento, cessasse a sua majestade,

Mesmo assim, o poeta ainda seria um poeta.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 24/08/2016
Reeditado em 24/08/2016
Código do texto: T5738091
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