Mar revolto

Em teu corpo redemoinho
Me perco em tuas marolas
Neste subir e descer frenético
Sincronizo o meu não pensar
Em gozo perpétuo.

Em minha escrita
No teu vasto oceano
Nado sem nada em volta
Só sei que me aproximo
Mais ao fundo
Do teu eu profundo.

Não procuro teu gozo raso
Quero teu desvairo insano
Chegar no inatingível
Naufragar em teu mar revolto.