ECLIPSE

Toda cheia, eloquente e nua

Submetida

De prata vestida

Entre o Sol e a Terra se insinua.

Sem regência de tal investida

Eclipsado, Ele, se desfaz e recua

Na noite efêmera a voz: Sou tua!

Por instantes presa e possuída.

Desatado breve laço

Fina esfera busca seu espaço

Na longa espera fria e crua.

Estarrece o que se desvela

E os olhos debruçados na janela

Contempla o dia que o Sol foi menor que a Lua.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 25/08/2017
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