Passarinho encarcerado

Passarinho encarcerado

Preso em sua gaiola de dor

Cantarola sua fúnebre melodia

Para o seu algoz pomposo

Que fingi não perceber

A solidão do bichinho

Não importa em nada

O lírico som

Misturado com o ranger de seu bico

Passarinho insípido de amor

Derribando em seu cárcere

Vira hobby de meros covardes

Limitado à uma cela

Impotente com suas asas

Flagelado de tortura egoísta

Corroído de seu destino

Sua alegria seria voar

Recluso na truculência

Da irracionalidade humana

Carregam esse fado

Para serem objetos musicais

Coitados dos pássaros

Enjaulados nas opressões de seus donos.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 03/09/2017
Reeditado em 10/11/2017
Código do texto: T6103604
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