LIRA VERDEJANTE

Doce e virginal aroma que se espalha

Dentre as órbitas do átomo acanhado

E do fogo que distante brilha enfadado

Há o incenso que fere quanto navalha!

Pelos campos vergam-se todas as folhas,

Fulgor que cresce diante o arrimo da flor

Que derrama sua sombra para decompor

A lira verdejante do dia e da noite zarolha!

Enquanto o mundo subterrâneo dá o tom,

Os vultos das árvores andam meio tensos,

Pois os frutos são inesperado contratempo

Donde cessa o vigor dum paladar frisson...

Anômalas são todas as espécies de altares

Até que das imagens se teçam mil olhares!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 25/10/2017
Código do texto: T6153209
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