Solidão da chuva

Da janela observo a chuva
A escuridão da noite molhada
Pingos solitários e gelados
Nuvens que choram de saudades.

Chuva que testemunha a solidão
De quem vive em multidão
Lava o pranto das paixões
Irriga de fertilidade o solitário coração.

Chuva que sozinha cai
Grita e ninguém a escuta
Lágrimas salgadas que alimentam
Toda e qualquer criatura.

Chuva solitária que faz florescer
Acalma e transmite paz
Música que embala o ser
Vela o sono dos amantes.
Joyce Lima
Enviado por Joyce Lima em 23/11/2017
Reeditado em 23/11/2017
Código do texto: T6180420
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