Daqui de onde observo,
Incerteza da origem!
Não sei de onde vem,
Nem seu destino final!
Se é o Maipo ou o Oceano!
Mas corre marrom,
Maculado,
Turvo em lâminas de água,
Corre violentamente,
Como em liberdade,
Conquista da alma de guerreiros,
Dos quais às suas margens,
Conquistadores seus sangues verteram!
Corre em liberdade,
Busca o paraíso,
Um destino belo e feliz,
De mundo ingrato e maculado!
Rio, que verte serpente,
Cruza vale e cidade,
Arrasta consigo a história,
De suas águas memórias,
Flui marrom,
No verde de meus olhos!