AS LÁGRIMAS

As lágrimas rolam em silêncio,

Nas pegadas de nosso jardim

São vidas que gritam em dores.

Mãe natureza a soluçar em cinzas

E no verde contaminado as mortes.

E nos horizontes vermelhos da

Imensidão, geme o negro rugido

Da dor, no zunir dos ventos quentes.

As aflições castigam e beijam o céu

De tormentos, no sofrer da colmeia.

As lavaredas sanguinárias rasgam

As almas feridas das inópias e

O sol queima, em nuvens de poeira.

Penumbras sombras de agonias,

De tenebrosas máquinas assassinas.

O homem sofrido preto entristecido,

Amarrado nas cavernas e abraçado

Com a enxada cega e enferrujada.

E as lágrimas ardem em lamentos

Nas feridas malditas do novo tempo.

E nos beijos das borboletas gritos,

Na morte cruel das folhagens e

Em vermelhas águas do cerrado.

Edivaldo Lima BOY
Enviado por Edivaldo Lima BOY em 02/07/2018
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