VENTANIA
6001247.jpg
 
Vento amigo
Que agora se mostra suave,
Triscando a janela
Apenas encostada,
Sem ter forças para abrir.

Segue seu rumo macio
Sem desejar e fazer mal algum,
Lá adiante, quase partindo ao além;
Aonde? Só Deus é quem sabe...!
Se Junta á outras intempéries;
E forçam-no, voltar.

Garantem redobrar suas energias!
Prometem uma varredura segura!
Mas, o que querem mesmo, é lhe desviar.

Tirar-lhe o foco e sua sutileza
 Que o faz conhecido como uma brisa!
De fato este vento para o mal, cresceu!
Modificou sua essência;
Maculou adjacências;
Derrubou sem dó, sem...
Fez muita gente chorar.

Bateu forte nos cativos!
Feito um touro doido, xucro e indeciso!
Ricocheteando pelos quatro cantos!
Arrancou palanques seguros!?
Desnorteou a cabeça dos homens!
Que sem rumo e sem escolha,
Puseram-se, cegos á caminhar.

Só não conseguiu vencer a noite de Lua cheia;
Não conseguiu varrer o céu,
Cravejado de estrelas;
Até tentou, esbravejar;
Mas, o máximo que consegui para si,
Foi uma retirada forçada pelo gigante quente;
A bola de fogo, o Sol;
Que no romper da aurora,
Mesmo morninho,
Mas prenunciando sua magnitude
Pôs este vento pra bem longe
Pra onde?
Só Deus pra contar!

Poderá voltar sim,
Mas como uma leve bruma,
Ou quiçá, uma ventana tranquila
Não passará de uma brisa,
Ainda mais mansa;
Sem poder mais se armar!!