O HOMEM E A MONTANHA
Ainda pequeno ao ver as fotos do monte Everest coberto de gelo;
seu coração foi tomado pelo desafio de escala-lo.
Se preparou com cuidado extremos, investiu com exageros,
garantiu com precisão de que nada iria para-lo.
O caminho fora realmente fantástico, extasiante do começo até o final;
desde a entrada no Tibet, até o solo que lhe parecera sagrado do Nepal.
A sensação de pisar o gelo que cobria o ambiente, indescritível:
só os animais mais nobres podem ser visto àquela altura,
somente os homens mais ousados tem suas mais preciosas fotos;
chegar ali já superava a missão impossível.
Ao chegar ao topo, o homem estabelece sua bandeira.
superou grandes sherpa,
sua glória não consegue calcular;
está entre os melhores,
“venceu o bastardo”,
deixou na história sua marca,
viu tua obra virar quadros.
Poderá palestrar sobre vitórias do Himalaia a Harvard;
Seu nome é publicado nas principais mídias,
igualados as celebridades mundiais;
seu feito será contado a gerações futuras
e sua bravura comparada a dos excelentes essenciais.
O homem desceu do monte, agora sua vitória não importa tanto;
Já calcula o novo desafio; precisa de outro encanto.
procura algo grande para superar o Everest;
está em busca de algo novo, um próximo super teste.
Os próximos flashs e clicks precisam ter novos horizontes,
precisam ter mais do homem e sem ter nada do velho monte.
Aquilo que foi sonho por anos, agora são somente velhos planos;
que estranha ambição, que faz da conquista arcano.
O homem concluiu novos projetos,
alcançou novas glórias,
por mais tempo se sentiu best;
mas...
perdeu a força,
passou a fama,
com o tempo ficou esquecido,
com a humanidade ficou envelhecido,
morreu...
E o monte ainda hoje é o Everest.