Beleza do interior...
Quem não conhece nosso lugar
Pode até não querer ir
Fala muito em fim do mundo
Quem conhece apenas olha e começa a sorrir.
Fico lembrando e querendo lá voltar
Lembro do balneário Dois Irmãos,
Do balneário do Luís Neves
E não posso esquecer do nosso rio Guamá.
Por aí também tem o Geladeira
A ponte do igarapé grande
A Cachoeira, o Igarapé das pedras
E não esquecendo do balneário do Castanheira.
Quando visito Igarapé Grande
Sempre quero me banhar
Ir ao roçado do meu pai
Visitar a igrejinha que tem por lá.
Tem o campo de futebol
Que na infância ia jogar
A pracinha, calçada da escola ou da igreja
Onde nos reuníamos para conversar.
A festa de são Benedito em outubro
Traz consigo uma pequena multidão
Arrasta pessoas ao redor da simples vila
Traz em cada festa uma nova esperança de renovação.
No dia 24 de novembro tivemos a primeira ordenação
Nosso conterrâneo Antonio Célio, nosso primeiro padre do Igarapé Grande
Trouxe o Bispo, também, Pocense Dom António de Assis
O Mundo se voltou pro interior, e a todos alegrou o coração.
Nosso Igarapé Grande hoje tem sua história
Tem sua fama espalhada por todo o Brasil e me arrisco dizer que ao mundo
Tem fama de poetas, padre, irmãos, seminaristas, professoras
Têm livros e até um personagem que não sai de nossa memória.
O interior é belo e cheio de beleza
Nada de prédios ou arranha-céus
Ou beleza de metal
Lá é tudo lindo por força da natureza.
A todos que não conhecem
Deveriam conhecer
Pois quem conhece volta
E guarda tudo em fotos, poesias, imagens, desenhos
Ou apenas na memória sem interesse de esquecer.