AS CIGARRAS


Cigarras em cânticos suaves ou estridentes...
trouxessem o deslumbre de outras paragens
ninfas adormecidas em solo sem nenhuma imagem,
gritos que ecoam na mata virgem e selvagem.

Tardes febris, em árvores escondidas...
frenéticas em ostentação à beira da estrada,
 - nutridas da seiva das raízes líquidas -
e fazem forte sempre em despedida.

Cigarra cujo canto anuncia a primavera,
mas o tempo impera e folha desespera
como uma praga em plantações invade
desfazendo o viço da verde folhagem.

O tempo não faz aliança sua natureza é restrita
 - enquanto a tristeza em contrapartida -
forjada de felicidade e canto de contentamento
no momento crítico em que estão morrendo.




 

Verdana Verdannis
Enviado por Verdana Verdannis em 24/01/2019
Reeditado em 19/04/2024
Código do texto: T6558353
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