O POEMA DO CERRADO

Sou fruto doce e fosco,

Que misturado à sombra fresca,

Torno-me gosto de leite materno

Para beiços macios de um recém-nascido.

Sou árvore de raiz gigante,

Provo minha luta e da minha flora;

Da nossa história, Que nós somos fortes;

Como um pé de aroeira.

Sou uma onça-pintada;

Valente e destemida,

Luto todo instante por sobrevivência.

Meus corredores faunísticos são

Atropelados por corredores rodoviários.

Não acho ruim a presença do homem,

Mas que ele não ache ruim a minha.

Porém me incomodo por ele ser cego e surdo

Pois, ofereço soluções de boa convivência

Sem prejuízos a ninguém,

E não obtenho respostas.

Matheus de Jesus Brito
Enviado por Matheus de Jesus Brito em 15/02/2019
Reeditado em 11/07/2019
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