TROVÕES E TROVOADAS
TROVÕES E TROVOADAS
Um amanhecer de céu nublado,
chuvas intensas, fortes e frias,
me causa uma agonia
o trovejar, o relampejar,
o medo se apodera de mim,
me vem à mente nitidamente a minha infância,
nesse momento, criança,
num lamaçal, eu estaria,
a estrada ainda carroçal,
onde poças d'água pareciam rios,
os barquinhos de papeis,
feitos por mim, sem rumo, afora iam,
sem medos, sorrindo e gritando de alegria,
eu me vejo, brincando com as crianças daquele povoado pobre,
de uma riqueza nobre, que não cabe num só coração,
saberá bem do que falo, quem lá viveu uma história.
Trovões coisas perfeitas da natureza,
nos parece que o céu vai se abrir,
os brilhantes relâmpagos,
clareia a noite densa de chuva,
clamo: Ai, meu Jesus! Que, que é isso?
Que ira é essa? Que pecado tão grave eu cometi? Questiono.
As chuvas são bênçãos de Deus,
precisas para as nossas vidas,
sem elas nada sobreviveria,
as pessoas, as plantas, os animais,
tudo, todos morreriam, pelo intenso calor do sol.
é a lei da compensação, deles precisamos,
nem só do sol, nem só da chuva,
Mas de todos os fenômenos da natureza cito,
os trovões que mostram o teor da carga eletrica da atmosfera
Neide Rodrigues, poetisa potiguar em 13/03/2019 às 10:23 hs