Árvores
Clarinetes estavam a tocar,
E o verde das árvores parou,
Um silêncio logo ensurdeceu,
Não há violão ou grande mar,
Perdeu-se a beleza, quem ficou,
O pianista chorou e morreu.
Não havia deus ou esperança,
E doíam os sustenidos no ar,
Harmonia, não tem lembrança,
O mundo deixou de respirar.
Quem afora vir uma muda,
Cantando e bailando ao ar,
Por favor, cuide bem dela,
Pois por ser tão bela,
Todos por ela irão esperar,
E irá mudar a sintonia,
Daqueles que nunca ouviram o som do ar.