Para matar a saudade da liberdade

O eucapilito informa que está tudo limpo

O sorriso começa a se abrir da cerca a porteira

O abraço sem tocar as mãos

Que levam as folhas verdes

Invade a casa a curiosidade

Pede benção em silêncio e até arde

Corre de bicicleta de cajueiro a cajueiro

Para matar a saudade da liberdade

Até despentear os cabelos

Até de tarde fica com cheiro de manga

A jaca é boa

O tamarindo azedo

Quem dera ser um licor

Jamelão, siriguela

Flor de laranjeira

O jambo nunca cresceu

A batata esparramou

Do portão alguém gritou

As crianças logo apareceram

Depois do almoço um cochilo na rede

até a flor no pé cair

Até a flor no pé cair

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 29/07/2019
Reeditado em 08/08/2019
Código do texto: T6707337
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