Os Raios do Inverno
Rasga o ventre do céu bonita luz
O raio afaga e estremecesse toda a terra
No ímpeto da fúria, beleza rara!
Que nos mostra seu desenho e grandeza
Fulmina e exibe sua força e seu poder.
A procela se aproxima como nunca
O uivo do vento ecoa-se nas montanhas
Enquanto o céu se pinta singular beleza
Uma fagulha risca o espaço, até o mar
E assim tudo se vê, iluminando a praia
O tempo passa e o espetáculo continua
As nuvens se movem, de um lado para outro
E a cidade às escuras se parece
Um grito rouco e inaudível na quermesse
Quando o raio corta os ares, ressoa e adormece
Nesse momento e no silêncio faz-se a prece
Para o ciclo do espetáculo terminar
Na fobia inquietante, a aurora vem
Ruidosa a procela distancia
Logo depois, pela manhã tudo é normal
É vida... É paz... É calmaria
E o que resta da procela é vaga úmida
Que aperta incontidos o peito e a testa
O alivio inconteste; Deus criou!
Submete, dá vida e dá razão à nossa festa!