Roça

Na roça que é “bão”

Tem fartura de “montão”.

Biscoito morno

Na porta do forno.

Leite na hora, na maré mansa,

Tirado na vaquinha Esperança.

Quentinho,

Morninho.

No fim da tarde, na grama fresca,

Curtir a paisagem pitoresca.

Não tem barulho de cidade,

Nem mesmo notícias de calamidade.

Conta-se história de bicho papão,

Ouve o grito do gavião.

Na roça que é “bão”

Ir pescar com o amigo João.

Pegar o bagre,

Ficando alegre.

Vendo o embornal cheio.

De vez enquando, o João fala nome feio.

O cavalo pangaré

Corta o rio como uma maré.

Para comer um nova grama

E não se importa de atolar na lama.

A noite vai caindo serena.

O João lembra da sua morena.

Está em casa, enrolada em uma coberta fofa,

Que o espera para comerem uma sopa.

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 01/03/2020
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