Buquê de Versos às Flores - Parte 01

Parte I

As flores, eu jamais as colho,

Porque natureza eu obedeço.

As defendo, me faço arrolho,

Só na planta, que as ofereço.

A Ave do Paraíso, de bela e formosa,

Altiva e delicada, abrindo as asas,

pedindo passagem selando sorriso...

A Azaleia, que exterioriza o seu encanto,

Faceira, conquista olhares admiradores,

Qual tivesse na retina a certeza epopeia...

A Begônia, que mais fronteiras passeia,

Nativa em solo, de honra, fibra e beleza,

Franqueza do Amor, dosando harmonia...

A Boca de Leão, imitando um rei de selva,

Com delicadeza no seu formato mesclado,

Vociferando singeleza na toca do coração...

A Bromélia, no seu traje verde e vermelho,

Que se destaca nas suas cores vibrantes,

E ofereço para a minha amada Ana bela...

A Camélia, conhecida por sua candura,

Exala o perfume que pede fidelidade,

Ofereço de boa sem ofender a Amélia...

A Camomila, na sua calma branca e amarela,

Terapêutica na saúde que vibra com o vento,

Sossego de Paz do José, da Maria, da Camila...

A Cerejeira, galante em pouso na árvore,

Qual um passarinho ensaiando um voo,

Exposta aos ventos, com eira com beira...

A Dália, que na sua altivez de ser olhada,

Linda, demais tanto, que se faz vistosa,

A toco, insinuando uma suave represália...

A Dedaleira, viçosa e elegante,

De roupa tingida, sem alfinete,

induzindo a arte da costureira...

Deixo aqui o meu agradecimento a Cristina Gaspar pelo seu incentivo e interação:

Flores perfumando o ar/

Colorindo os espaços/

Limpando o olhar/

Reatando laços/

Criação para encantar/

Ornando beijos e abraços/

Ótimas para ao poeta inspirar/

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 30/05/2020
Reeditado em 03/12/2023
Código do texto: T6962740
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