Buquê de Versos às Flores - Parte 01
Parte I
As flores, eu jamais as colho,
Porque natureza eu obedeço.
As defendo, me faço arrolho,
Só na planta, que as ofereço.
A Ave do Paraíso, de bela e formosa,
Altiva e delicada, abrindo as asas,
pedindo passagem selando sorriso...
A Azaleia, que exterioriza o seu encanto,
Faceira, conquista olhares admiradores,
Qual tivesse na retina a certeza epopeia...
A Begônia, que mais fronteiras passeia,
Nativa em solo, de honra, fibra e beleza,
Franqueza do Amor, dosando harmonia...
A Boca de Leão, imitando um rei de selva,
Com delicadeza no seu formato mesclado,
Vociferando singeleza na toca do coração...
A Bromélia, no seu traje verde e vermelho,
Que se destaca nas suas cores vibrantes,
E ofereço para a minha amada Ana bela...
A Camélia, conhecida por sua candura,
Exala o perfume que pede fidelidade,
Ofereço de boa sem ofender a Amélia...
A Camomila, na sua calma branca e amarela,
Terapêutica na saúde que vibra com o vento,
Sossego de Paz do José, da Maria, da Camila...
A Cerejeira, galante em pouso na árvore,
Qual um passarinho ensaiando um voo,
Exposta aos ventos, com eira com beira...
A Dália, que na sua altivez de ser olhada,
Linda, demais tanto, que se faz vistosa,
A toco, insinuando uma suave represália...
A Dedaleira, viçosa e elegante,
De roupa tingida, sem alfinete,
induzindo a arte da costureira...
Deixo aqui o meu agradecimento a Cristina Gaspar pelo seu incentivo e interação:
Flores perfumando o ar/
Colorindo os espaços/
Limpando o olhar/
Reatando laços/
Criação para encantar/
Ornando beijos e abraços/
Ótimas para ao poeta inspirar/