Planta comum, ao mesmo tempo, presente
Possibilista de aves a cevarem rica semente
No verão, folhas caídas, mas gota serena primeira
Rebrota o germe, no inverno, sem eira nem beira…
Suas varas são condutoras, no sertão, da plantação
Meu Deus, agradeço a Ti pelo esplendor da criação!
Versátil, cabra da peste bem conhece o marmeleiro!
A florada presenteia mel curativo useiro e vezeiro
Doçura da caatinga… O tempo a marchar inexiste
Como flor singela do marmeleiro minh’alma insiste
Procurante de água… Raízes em profana santidade
Enigmático vento… Tórrida seca, agonia que invade
Carregante, a esmo, dos pedaços e das sobras de mim
Vou-me indo a teimar quiçá no não, quiçá no sim
Doce fruto da paciência amaríssima: sim. Eu sou!
Semente alada do divino verbo… Voo.. Vou…

 
Professora Ana Paula
Enviado por Professora Ana Paula em 19/06/2020
Código do texto: T6981765
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