BRASÍLIA CINZENTA !
Estamos no tempo da seca,
Já não se vê mais o verde,
O vento que traz a fresca,
As árvores morrendo de sede !
Pela manhã até venta,
O calor segue adiante,
Brasília percorre cinzenta,
Meio dia escaldante !
Cinzento todo o gramado,
As árvores livram-se das folhas,
Incêndio espalhado,
A natureza sem escolhas !
O céu todo azulado,
Sem esperança de chuva,
Poeira pra todo lado,
O vento vem lá na curva !
A garganta que resseca,
O nariz entupido,
A flor que seca,
O jardim desprovido !
Brasília que segue cinzenta,
Saudade do verde estampado,
Meu olhar já não aguenta,
De ver tudo ressecado !
E ainda tem um detalhe,
A seca só tá começando,
Logo que ela se espalhe,
Vai estar mais ainda secando !