SONHOS DE POETA

Nas horas caladas, nos suspiros da noite

Uma sombra difusa invade o silêncio

Roubando os reflexos que a lua transmite

Nos vales, nos montes, na noite que é minha.

Nas terras distantes por onde um dia

Eu passei e deixei as miragens de um poeta,

Os caminhos desertos que me viram passar

Soluçam, murmuram a tenaz solidão.

A sombra que invade são meus pensamentos

Que penetram nos seios dos campos escuros,

Tomando a forma de seres noturnos

Vagueiam, passeiam, fazendo meus sonhos.

No brilho da lua tudo é magia

Fazendo o poeta seu mundo viver,

São cores, são brilhos que a vida só mostra

Aos olhos daqueles que sabem sonhar.

Nas noites de lua que fico a pensar

Revivo os sonhos que a realidade me nega

São lindos, perfeitos, tal como a noite

Que encanta, fascina e assim faz sonhar.

Através da magia, do encanto da noite,

Do lado da vida que poucos conhecem,

Encontro o fascínio da doce aventura

Da fantasia dos sonhos que a noite me traz.

15/10/1991

Manoel de Paula
Enviado por Manoel de Paula em 19/08/2020
Código do texto: T7040238
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