MANHÃS INDOLENTES

MANHÃS INDOLENTES

Ah! Essas manhãs sonolentas!

que nos convidam ao exercício da inércia.

Estão a conspirar com lençóis e travesseiros

para inserir lentes desidiosas

debaixo das pálpebras desavisadas.

Se anunciam no frescor das brisas,

na tepidez dos raios,

aliam-se a mandranas chuvas

para nos fazerem refletir

sobre o sentido das urgências.

Se orquestram

em cantos maviosos de pássaros.

E se no leito contiver

a companhia malemolente de um amor,

quem somos nós,

para questionarmos a sabedoria destas manhãs?

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 01/10/2020
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