CHUVA FINA

       Das nuvens altas chuva que cai...
       banhando flores rubras sedentas de luz;
       — o ruído da vida na tarde recai
       com a enxurrada o raio desliza e reluz.

       O vento açoita e o frio corta...
       num dia cinzento de aves adormecidas,
       águas benditas que a natureza transporta
       para solos áridos numa bela acolhida.

       A brisa vaga, a chuva fina dança...
       no tênue sopro da estação gelada
       o tempo não para e a esfera avança,
       nebulosa hora de inverno entremeada.

       O céu escuro clareia lentamente...

       no verde que se propaga tudo ilumina,
       — nesse momento de alvor subitamente
       sete cores no arco que no espaço culmina.



 

Verdana Verdannis
Enviado por Verdana Verdannis em 29/11/2020
Reeditado em 25/04/2024
Código do texto: T7123381
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